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Inflação: alívio é pontual e alimentos ainda pressionarão, dizem analistas

12 de fevereiro de 2025
CNN Brasil

O alívio observado na inflação de janeiro não deve se repetir em fevereiro e a expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) volte a subir nos próximos meses.

Economistas ouvidos pela CNN avaliam que a alta de alimentos arrefeceu na margem, mas segue bastante pressionada. A desaceleração observada em janeiro é classificada como um “tropeço” dentro de um quadro mais abrangente da inflação.

“Alimentos devem continuar subindo. São vários produtos que registraram alta de preços. Uma parte tem se tornado cada vez mais cara por estarem ligadas ao efeito do dólar. […] Esse IPCA é uma alegria que dura pouco. Um índice que é baixo, mas estamos falando de um tropeço dentro da série. É um mês que é mais fraco, que ganhou o bônus de Itaipu. Vamos continuar tendo um problema”, disse Juliana Inhasz, economista do Insper.

O IPCA desacelerou em janeiro a 0,16%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).  Essa é a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real em 1994, e levou a taxa em 12 meses a acumular avanço de 4,56% até janeiro.

A expectativa de uma inflação mais alta em 2025 tem sido reforçada entre economistas. O mercado elevou, na segunda-feira (10), a projeção para o IPCA neste ano e agora espera que o índice alcance 5,58%. Essa foi a 17ª vez consecutiva que o Boletim Focus registrou alta nas contas dos economistas para os alimentos.

Os preços do grupo de alimentação têm sido impactados principalmente pelo câmbio e seus efeitos a cadeia produtiva.

Muitos dos alimentos estão ligados às commodities, que são comercializadas e cotadas em dólar. Com um câmbio mais alto, o custo das matérias-primas para os produtores aumenta e o efeito cascata chega para os consumidores, que enxergam os alimentos mais caros nas gondolas.

Outro efeito do dólar mais alto é que os exportadores brasileiros veem mais vantagem em enviar os produtos para fora, tornando a oferta interna menor. Do outro lado, existe uma demanda ainda aquecida por conta do aumento do poder de compra e baixo desemprego. Ou seja, com oferta menor e demanda maior, os preços sobem.

André Braz, economista do FGV IBRE, lembra que a pressão sobre alimentos vem desde o ano passado, quando houve uma “tempestade perfeita”.

“Tivemos um grande volume de chuvas no Brasil e depois tivemos o La Niña, que trouxe seca e comprometeu o café e a pastagem. Além disso, o câmbio desvalorizado e uma alta demanda com a economia aquecida. Todos esses elementos continuam no início deste ano”, afirmou.

Para o próximo mês, a expectativa é de que esse recuo perca a força. Braz afirma que o evento observado com o bônus de Itaipu não deve se repetir em fevereiro e, consequentemente, a energia deve subir, em fevereiro, na mesma proporção que recuou em janeiro.

“A inflação ainda segue como um ponto de atenção especial que política fiscal e monetária precisam dar. Se o governo gasta, ele ajuda a aumentar, é a lei da oferta e da procura. Se ele gasta mais, aquece a atividade e ajuda a pressionar os preços. Controlando o gasto público deve ajudar a controlar os preços”, diz o economista.

Braz afirma que a recente valorização do real, que saiu do patamar de R$ 6 e tem se mantido próximo de R$ 5,80, já ajudou a diminuir a pressão inflacionária. No entanto, os efeitos ainda não são sentidos pelos consumidores.

O economista Matheus Pizzani, da CM Capital, avalia que o grupo de habitação pode apresentar maior pressão inflacionária em fevereiro, corrigindo o efeito do bônus de Itaipu.

O economista concluiu que a tendência é de uma inflação mais alta no início de 2025, com atenção especial aos preços dos serviços, um dos principais focos de preocupação do Banco Central (BC) na busca pelo cumprimento da meta de inflação.

Em relatório, a Monte Bravo projeta, para fevereiro, uma alta de 1,43% no IPCA, devido ao fim do impacto do bônus de Itaipu nas contas de luz e aos reajustes anuais da educação, que, segundo as coletas, devem ser os maiores dos últimos anos.

“A dinâmica dos núcleos, assim como a dos segmentos de serviços, segue bastante deteriorada, indicando uma trajetória de alta da inflação nos próximos meses”, cita Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo.

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